Sophie em seu balanço
mais uma vez. Apenas sentada, balançando. Subindo e descendo. Até cair. E junto
com ela caem suas lágrimas.
Sophie chora, e chora
muito. Seus braços e suas pernas estão ralados – mas seu coração é o que mais
dói.
Tem andado tão triste.
Já não há sorrisos em seus olhos, nem estrelas em seus lábios. Suas lindas
madeixas ruivas perderam a cor, e seu vestido azul – seu favorito – ela já não
usa mais.
Por algum motivo, ela
não consegue pensar nessa queda como apenas uma queda, mas sim como uma
traição. Que irônica a vida. Seu balanço, seu melhor balanço, seu único balanço, seu melhor amigo, aquele
que ela pensou que nunca derrubaria ela... Parecia o ponto final.
E se a vida era uma
brincadeira, ela já não queria brincar mais. Se a vida era um jogo, ela não
queria jogar mais. Se a vida era um balanço,
ela não queria balançar mais.
Mas se a vida for
apenas a vida... Bem, então ela não queria viver mais.
Tão cheio de sentimento... As metáforas são bem construídas e muito bonitas! Eu consigo ver uma tristeza, uma decepção, escapando das linhas. É estranho isso que acontece nos textos, que a tristeza acaba se transformando em algum tipo de beleza, sabe? Muito bom mesmo. Adorei [].
ResponderExcluir