Sophie acordou de um sonho estranho.
Sentada em seu balanço, com seu caderno em mãos. Encarava a folha em branco.
E então ela tentava, fazia de tudo, dava o seu máximo para preencher a
folha. Mas nunca conseguia. Independente do que tentasse e do que viesse à
cabeça.
Palavras iam e vinham. Palavras vinham e iam. Para cima e para baixo,
brincando de pique-esconde.
E se escondiam.
E não eram encontradas.
E então Sophie encarava suas mãos. E encarava sua mente.
Pensava em seus sentimentos; e pensava em seus pensamentos. Mas em nada
pensava.
Sophie não conseguia encontrar suas palavras. E não conseguia
encontrar seus sentimentos.
Nem, ao menos, seus pensamentos.
E ali ela ficava. Condenada sem suas palavras.
Restando-lhe apenas o vazio do papel.
*Nada demais. Um texto ridículo e simples que só serviu mesmo pra apagar essa sensação que tenho pra mim de que nunca mais vou conseguir escrever.
Não vejo forma alguma de qualquer um que goste de rabiscar a tinta em linhas tortas não se identificar com seu texto.
ResponderExcluir