Se me fosse permitido dizer, eu diria que as odeio. Quem?
As pessoas, ora. As odeio em
confidência. Um ódio apaixonado e deslumbrado. Vivo a vê-las brigarem e saírem
machucadas, só para alegarem não ter perdido a guerra.
Pessoas mentem, e sorriem como se estivessem bem, brincam
e se divertem como se nada fosse importante. Eu poderia até entendê-las – cá entre
nós, entendo-as sim. Mas fala baixo, porque não me é permitido entender -, só que estou muito ocupada odiando-as. É que meu ódio permite-me apenas odiar. Então
eu odeio.
Mas em segredo. Porque não me é permitido odiar.
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